terça-feira, 27 de agosto de 2013

Reminiscências


Pelos Caminhos da Vida
há sempre uma alma ferida
em busca de lenitivo...
É o amor que ainda está vivo
alimentando a esperança
de reencontrar a bonança.


Mas sempre somos culpados
por desviarmos nossos fados
atraídos por fantasias 
que tem no seu interior
um falso riso de amor.
E que nos fazem levar
por um sorriso, um olhar
numa fingida aparência.


E iludidos nesse afã
não pensamos no amanhã
porque nos falta experiência.


Hoje me lembro de alguém
que me amou como ninguém
numa antiga primavera.
E essa alma pura e sincera
que desprezei por vaidade
era a tal felicidade ...
Era o amor que alma conforta
que bateu em minha porta
sem que eu lhe desse guarida.



E agora, triste, sozinho
vou tateando o meu caminho.
sem amor, sem acolhida.



Lembrando o tempo perdido
que vivi sem ter vivido,
com ilusões tão banais.
E ver, no acaso da vida
que a mocidade florida
já passou, não volta mais.


           Dico Faria

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